No
dia 24 de março assistimos à uma palestra muito pertinente, ministrada pela
Profa. Dra. Suzana Barrios (CEDU – UFAL), tendo como temática “PIBID e PRP como
espaços de aprendizagem na e para formação de professores”. A professora
levantou diversos questionamentos relevantes sobre a educação do século XX – no
entanto, adianto que, nessa reflexão, pretendo me atentar a três pontuações em
específico: as limitações que são silenciadas na educação, a desvalorização
profissional (quanto ao diploma e questões salariais) e a importância dos
pibidianos e residentes pedagógicos nas escolas.
Infelizmente a educação têm se
transformado em uma mercadoria e, consequentemente, uma ferramenta apenas para
preparar/formar trabalhadores. Por conta do contexto histórico e social, muitos
alunos vão à escola pensando em concluir o segundo grau para ingressar no
mercado de trabalho e, seguindo esse pensamento, podemos notar que os discentes
estão sendo moldados para serem competitivos, multitarefas e flexíveis. Com
isso, a escola deixa de ser um ambiente de aprendizagem para as diversas áreas
da vida e passa a ser um “mercado preparatório” para a área profissional. Apesar
dessa realidade ser o reflexo do que é importo pelo capitalismo, precisamos
preparar os alunos para a vida social de modo amplo, em todas as áreas, sejam
elas trabalhistas ou não. Os alunos precisam estar cientes de que eles podem mais
Vale ressaltar que essa transformação no cenário educacional se estende ao professor também; o profissional docente no Brasil é desvalorizado, não possui um piso salarial descente, tem uma jornada de trabalho exaustiva e sofre com as condições de trabalho – mesmo sendo de extrema importância a sociedade. Além disso o diploma do profissional têm sido cada vez mais colocado de lado, tem se tornado recorrente encontrar pessoas lecionando sem possuir um curso de licenciatura e, em casos mais graves, sem nem ter um contato com a área de atuação, só estando ali porque se destacava como aluno no ensino médio. Por trás de um bom professor há conhecimento na área de atuação e, principalmente, embasamento em tendências pedagógicas.
Com
todas as problemáticas que envolvem a educação, podemos notar a importância do
PIBID e RP em dois momentos: na preparação dos discentes, e como canal para
ajudar os alunos e professores das escolas em que os trabalhos estão sendo realizados.
É primordial para a formação de futuros professores esse contato com a escola,
afinal, no ambiente um universitário aprendemos a parte teórica, mas é na sala
de aula que as colocamos em prática. Além disso, os projetos conseguem dar mais
vida para a escola, é perceptível que principalmente os alunos ficam animados
com a presença de pessoas diferentes do seu cotidiano. Essa interatividade
entre bolsistas – professores – alunos é muito dinâmica e relevante para todos os
envolvidos. Nós, enquanto estudantes universitários, podemos levar para a sala
de aula nossos conhecimentos acadêmicos, enquanto os professores e os alunos
podem nos mostrar suas experiencias em sala. É uma troca muito rica e que
favorece todos os participantes.
![]() |
Recorte do chat da palestra |
Comentários
Postar um comentário