24/02/2021 - 6ª REUNIÃO GERAL

Na última quarta-feira, retornamos as nossas atividades síncronas, como é bom estar de volta. Com isso, voltamos a falar sobre etnografia como metodologia, com ênfase no encontro com o outro que percebemos no filme Xingu. A princípio, foram apresentadas algumas análises, feitas por alunos que representaram cada grupo, quanto a temática do filme. Após, trazendo para a área educacional, a professora Andréa fez a relação do filme com a sala de aula.

Por muitos anos, por fatores ideológicos, a imagem do professor em sala era de uma pessoa superior e inacessível que está na classe apenas para falar e ser ouvido, tornando os alunos secretários, metaforicamente falando, que escutam e anotam o que é dito sem ter a oportunidade de contestar. De fato, o professor precisa quebrar as questões hierárquicas – sem perder a postura de docente – para que haja uma boa comunicação entre ele e os seus alunos, pois a troca é importante para o aprendizado.

No filme, quando os irmãos Villas Bôas chegam ao território dos indígenas eles se desarmaram e, sem uma interpretação precoce, se dispõem a ver a realidade daquele povo. A mesma atitude precisa ser tomada em sala pelo professor. Dentro dos limites, ele precisa se desarmar um pouco e estar disposto a ver o ambiente em que ele está chegando, a fim de conhecer verdadeiramente as pessoas que já fazem parte daquele espaço.

Nessa concepção, os professores não podem pensar de forma individualista, é preciso estar ciente de que cada sala é única e têm as suas próprias características. Além de ter a consciência de que quando se está na posição de professor, não tem como ser neutro, visto que se está ocupando um uma posição de influência. Por isso, é necessário estar 100% presente e envolvido com a causa. De modo geral, alunos e professores devem estar unidos pelo mesmo propósito, bem como os irmão Villas Bôas e os índios estiveram. 


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