Na
última quarta-feira, retornamos as nossas atividades síncronas, como é bom
estar de volta. Com isso, voltamos a falar sobre etnografia como metodologia, com
ênfase no encontro com o outro que percebemos no filme Xingu. A princípio,
foram apresentadas algumas análises, feitas por alunos que representaram cada
grupo, quanto a temática do filme. Após, trazendo para a área educacional, a
professora Andréa fez a relação do filme com a sala de aula.
Por
muitos anos, por fatores ideológicos, a imagem do professor em sala era de uma pessoa
superior e inacessível que está na classe apenas para falar e ser ouvido,
tornando os alunos secretários, metaforicamente falando, que escutam e anotam o
que é dito sem ter a oportunidade de contestar. De fato, o professor precisa
quebrar as questões hierárquicas – sem perder a postura de docente – para que
haja uma boa comunicação entre ele e os seus alunos, pois a troca é importante
para o aprendizado.
No
filme, quando os irmãos Villas Bôas chegam ao território dos indígenas eles se
desarmaram e, sem uma interpretação precoce, se dispõem a ver a realidade
daquele povo. A mesma atitude precisa ser tomada em sala pelo professor. Dentro
dos limites, ele precisa se desarmar um pouco e estar disposto a ver o ambiente
em que ele está chegando, a fim de conhecer verdadeiramente as pessoas que já
fazem parte daquele espaço.
Nessa
concepção, os professores não podem pensar de forma individualista, é preciso
estar ciente de que cada sala é única e têm as suas próprias características.
Além de ter a consciência de que quando se está na posição de professor, não
tem como ser neutro, visto que se está ocupando um uma posição de influência. Por
isso, é necessário estar 100% presente e envolvido com a causa. De modo geral, alunos
e professores devem estar unidos pelo mesmo propósito, bem como os irmão Villas Bôas e os índios estiveram.
Comentários
Postar um comentário