Ontem, dia 13 de janeiro de 2021, tivemos a nossa 4ª reunião pós recesso de fim de ano. Foi muito bom rever todos (virtualmente), nossos encontros são sempre muito agradáveis e construtíveis. Como comentei nas duas últimas publicações que fiz aqui (3ª reunião e 1ª experiência de leitura), conversamos sobre a leitura que nos foi passada – O Filho de Mil Homens do autor português Valter Hugo Mãe – e assistimos algumas resenhas feitas por alguns pibidianos. Apesar de todos terem lido o mesmo livro, cada um fez uma resenha única e característica. É muito interessante ver as diferentes perspectivas que uma leitura pode proporcionar. Como foi dito em certo momento na reunião, “Um livro é metade, o leitor que completa.”, a leitura é uma troca.
Além
disso, ressaltamos a importância da leitura e da escrita nas nossas vidas, como
estudantes e futuros professores de Língua Portuguesa. É nítido que precisamos
ter um ritmo de leitura e escrita ativo para esperar isso dos alunos, para
assim poder sensibilizá-los e ser canal para o apreço deles pela a literatura.
No entanto, devemos estar cientes de que isso é um processo que acontece dia após
dia, não é imediato e é íntimo do aluno, mas que nós, futuros professores,
deveremos estar sensíveis as mudanças visíveis quanto ao crescimento do aluno.
Enquanto conversávamos sobre a temática
exposta acima, recordei mentalmente uma passagem presente no livro A Literatura em
Perigo de Tzvetan Todorov:
“Hoje,
se me pergunto por que amo a literatura, a resposta que me vem espontaneamente à
cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como
ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer
nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas,
ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas
experiências e me permite melhor compreendê-las. [...] a literatura amplia o
nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e
organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão:
primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao
infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos
enriquece infinitamente.”
Gostei muito dessa passagem quando a li e acho lindo como Todorov exemplificou seu amor pela literatura. Quando
passamos a entender verdadeiramente o poder da leitura na vida do ser humano, começamos
a ver o mundo com outros olhos. Assim, um livro que antes poderia ser visto
como um inimigo passa a ser companheiro e, até mesmo, melhor amigo da imaginação.
A literatura muda as pessoas, apresentando diversas visões de mundo e permitindo ir
além da margem.
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